Sete Lagoas faz homenagem ao trapalhão Zacarias
Mauro Faccio Gonçalves morou até os 23 anos na cidade mineira |
Uma das principais atrações do Arte Quinta na Praça, que começa a partir das 18h, são fotos do ator Mauro Gonçalves na década de 1960, quando atuava no Tele Teatro da Itacolomi. Há ainda a recuperação de uma imagem rara dele, entre Paulo Gracindo e Mário Lago, também no período teatral. A homenagem também terá a exibição dos melhores momentos com os Trapalhões, e a exposição do acervo, como roupas e adereços usados por Zacarias. “É um estímulo para as pessoas conhecerem melhor quem foi Mauro Faccio Gonçalves”, observa o secretário municipal de cultura, Fred Antoniazzi.
Redimensão
Para o secretário de cultura, a cidade precisa redimensionar sua presença na cena cultural de Sete Lagoas. “Para o Brasil, ele é o Trapalhão, congelado nos anos 70 e 80. Mas para a cidade, ele foi um artista completo. Dizem que era uma pessoa de multiplos talentos, como desenho, pintura e artes dramáticas”, garante. A secretaria mantém um acervo do artista em exposição permanente no Centro Cultural Nhô Quim Drummond, que também fica na Praça Tiradentes.
“Há um projeto para montarmos um memorial em local próprio, que até o final do ano deveré ser definido”, revela o secretário. A secretaria desconhece o tamanho do acervo que tem com a família e que poderia compor a exposição. “Na cidade, há pouco material dele na época dos Trapalhões. Nosso objetivo é ampliar a pesquisa histórica dele, procurar o antigo parceiro, Renato Aragão, para nos ajudar a compor isso”, afirmou Fred Antoniazzi.
Mauro Faccio Gonçalves nasceu em Sete Lagoas em 1934, onde morou até os 23 anos, quando foi para a capital mineira para cursar arquitetura. Começou na Itacolomi e a rádio Inconfidência, onde começou sua carreira artística. Em 63 vai para o Rio de Janeiro, onde trabalhou nas antigas tevês Excelsior, Record e Tupi, até ser chamado por Renato Aragão, em 1974, para integrar os Trapalhões. Faleceu no dia 18 de março, aos 56 anos, de infecção pulmonar.